quarta-feira, 12 de junho de 2013

DETRAN, AMC E PRE COMBATEM O ESTACIONAMENTO IRREGULAR EM FORTALEZA

João (nome fictício) é um cidadão quase exemplar: pai amoroso, paga em dias suas contas, reclama da corrupção no País e pede medidas rígidas para todos os infratores. No entanto, estaciona em local proibido, ocupa irregularmente calçadas, joga lixo numa esquina próxima à sua casa e, todo fim de semana, liga o som no último volume, ignorando seus vizinhos. No dia em que teve seu carro levado pela blitz do Detran/AMC, João quase surtou.

"É um absurdo, isso é uma indústria da multa", pontuou. Mais calmo, ele avaliou que a fiscalização é importante sim, mas, em seu caso, deveria ser mais branda. O famoso "jeitinho brasileiro" de levar vantagem em tudo e ignorar as leis vigentes, está sendo combatida de forma mais eficaz, com uma fiscalização mais rigorosa por parte dos órgãos estaduais e municipais na Capital cearense.

Em um mês, a operação Tolerância Zero - que apreende veículos estacionados irregularmente - do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/CE), Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) e Polícia Rodoviária Estadual (PRE), já rebocou 665, sendo 399 no Centro e 263 na Aldeota. Do total, 482 foram liberados. A operação consiste em rebocar carros e motos parados em locais proibidos, ao lado de canteiros, na frente de garagens e nas esquinas.

Condutores com veículos apreendidos pagam a multa - entre R$ 83 (infração média) e R$ 113 (infração grave) -, os custos do reboque (R$ 60) e diárias no depósito do Detran (R$ 9 para motos e R$ 12 para carros). Quem já tiver pendências só retira o veículo após a quitação.

O superintendente do Detran/CE, Igor Ponte, diz que a ação pode ser considerada um resgate da cultura de respeito às regras urbanas. "O apoio que temos recebido da população representa o sentimento de cidadania, porque se trata de fazer com que os condutores de veículos deixem de lado um ato egoísta. Quando o guiador estaciona onde é proibido está agindo de forma individual, prejudicando a coletividade", analisa.
(Matéria do Diário do Nordeste)

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